domingo, 13 de junho de 2010

Grito de silêncio


Até hoje
talvez nunca tivesse
imaginado que a dor poderia
a esmagar a cada dia
lhe roubar as forças
apagar o seu corpo
sem sonhos
sem vida
apenas DOR
desespero
queimou os sorrisos
em folhas de papel
com o fogo de um amor
que a MATA
até quando?
porquê?
seria ela um ser detestável
para lhe arrancarem o coração
e viver do vazio
do silêncio
da fome do corpo
da sombra da alma
gritou a agonia entranhada na garganta
nenhum som saiu
perdera a voz
a razão
apenas no abismo
teve a sua morada
onde lentamente
se deixou morrer
morrer de DOR
num INFERNO sem fim

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