quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

As cores...

Os dias passaram
as noites frias instalaram-se
a neve arrefeceu-lhe a alma
e congelou-lhe o coração
tantas perguntas
outras tantas respostas
um único caminho
uma única resposta
tudo aquilo em que acreditava
estava ontem ali ao alcance da sua mão
cada dia foi uma oportunidade
uma nova descoberta
desfolhou um livro desconhecido
com a sensação de que os textos lhe eram comuns
pensou no amanhã com toda a força
de olhos bem abertos
sem medos
foi feliz em cada momento
por encontrar a outra parte perdida
que viria lhe mudar a vida
fazer observar o mundo com outros olhos
e apreciar novas cores
as cores do amor

domingo, 13 de dezembro de 2009

Numa manhã...

Acordou numa manhã
como tantas outras
em que a neve brilhava
no cume das montanhas
numa paisagem
a qual ainda não se tinha habituado
deixou-se ficar no vale dos lençois
onde havia pernoitado
outras tantas noites da sua existência
acordou com o perfume do inverno
e a luz do verão
a entrar-lhe no coração
Sorria sem o perceber
porque sentia o coração aberto
os sonhos presentes
guardava em cada parte do seu corpo
o toque macio dos dedos do destino
e ouvia o murmurar das nuvens
neste dia não diferente dos outros
ela brilhava como nunca
porque tudo lhe parecia mais belo
apenas ao alcance de um olhar
porque tudo se apresentava
de forma diferente a sua passagem
os sorrisos mais rasgados
os olhos mais cintilantes
porque alojava na sua retina
a imagem do amor de uma vida


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Por entre choros e desabafos...

Por entre choros e desabafos

Encontrou algumas respostas
Por entre sorrisos e lágrimas
Perdeu a razão...
Por entre sonhos e nuvens

Acreditou mudar o mundo
Pinta-lo de uma cor quente
Que a faça lembrar que está viva
Apesar de se sentir com o coração morto...
Prometeu a ela própria resistir
Acreditar sempre,
Mesmo em momentos mais duros
Em que a razão se perde por entre pensamentos
Em que o choro lhe consome o ar
E as lágrimas lhe afogam os olhos...
Nesse dia de mudanças
Doia-lhe a alma, ardia-lhe o coração
Porque uma parte dela ficara ali

Do outro lado do vidro
Sem nada poder fazer
Sem nada poder mudar...
Queria mudar o rumo da história

Mas as cartas estavam lançadas
E nada se poderia mudar...
Não sentia a alma vazia
Mas sim fria
Uma parte dela ficara ali
Ao lado dele
Dois corpos que se separaram sem o querer

Mas duas almas unidas e inseparáveis
Hoje escreve-se mais um dia nesta página da vida

Hoje os sonhos parecem-me mais distantes
Mas o teu amor mais perto...
A distância tornou-se apenas um acessório
Uma prova que nos vai fortalecer e favorecer
Porque o amor está ai
E onde ambos estivermos...
Amo-te sim, apenas a ti...