domingo, 2 de maio de 2021

Mãe

Mãe és um beijo

que se cola a alma

num suspiro de dor

és saudade pintada na pele

ternura da infância 

com sabor a mel

és pétala de rosa em flor

és amor!🌹

(eterna saudade da tua filha que te ama profundamente)

Cidália Oliveira 




quinta-feira, 1 de abril de 2021

Meu infinito

Um ponto de encontro

um coração que vive 

fora corpo


Um silêncio interminável 

quando te vais

uma luz que me afaga 

no teu voltar


És o mais belo amanhecer 

no meu olhar

o pôr do sol 

do meu entardecer 


És o infinito

meu filho!


Cidália Oliveira 

(Foto & texto)


terça-feira, 2 de março de 2021

A vida levou-te de mim

 Neste dia cinzento,

leva-me a saudade 

dedicar-te a vida 

de algumas palavras

numa hora em que o fim

te levou de mim


Passaram-se meses

sem o teu último adeus

dias sem o teu colo

o carinho de uma mãe

não se substitui

o amor de uma mãe 

não se mensura


Hoje o dia acorda sem cor

mas discretamente o sol

teima em me chegar ao olhar

sei que és tu 

sei que estás aqui

sei que nunca me irás deixar

mas o teu colo, mãe

esse, nunca o irei recuperar!

Cidália Oliveira

(dedicado a minha eterna luz 20/06/1945-02/03/2020)





sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Amor sem prazo

 

Amor resiliente

que persiste 

em cinzas de mar


Amor  singelo

mais que belo

simples, destemido!


Amor sem tempo

nem prazo 

para te (re)viver.


Bom ano!

Cidália Oliveira (foto&texto)


quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Pinta-me de amor

A saudade existe

como uma ruga na pele

aparece com o tempo

confunde-se com o saber

questiona a maturidade


A saudade de um toque 

de um beijo tímido 

de um abraço quente

de um olhar despido


A saudade de amar

sem pressa, nem hora

em que o tempo 

não nos foge das mãos 


Saudade do brilho 

que pinta a pele

que afoga a boca

e nos vicia


A saudade do que vivo

[intensamente]

que se impregna no relevo

do meu corpo


Seja o que for 

mas que me pinte

de amor


Cidália Oliveira 







sexta-feira, 17 de julho de 2020

Tanto minha como tua

Por vezes a noite
Absorve-me
Ou talvez seja eu
Que me dissolva nela
Interminável pareces ser
Somos tão diferentes
E tão iguais!
Em ti brilham mil estrelas
Em mim brilhavam sonhos
És perfeita
Com as tuas imperfeições
És admirada por todos
És única tal como eu
Mas não tenho luz
Mas tenho fé
Quando me sinto
Perdida na maldade
Que me deixaram
Olho a minha lua
Tal como tu tenho uma
E nela me regenero
A caminhada será longa
Mas vou aguentar!

Cidália Oliveira



domingo, 5 de julho de 2020

Noite de [cheia] lua

Passa-se o mês
E voltas

Contigo vêm as emoções
Que se escondem
No labirinto do meu corpo
Na tua luz me transformo
E escrevo
Por seres tu
Quem me faz viver

Longe vai o tempo
Em que os sonhos me levavas
Hoje a realidade é outra
O amor que me sabia a mel
É veneno com sabor a fel

Dizem que o ódio caminha
Lado a lado ao amor
Quando despertado
Cria raízes tão sólidas
Que nem o amor
O pode salvar

Não temas por mim
Não me perdi!
A dor transforma
A dor enjoa
A dor nunca será
Amor

Cidália Oliveira


sábado, 27 de junho de 2020

Chuva de verão

Somos passos lentos
Numa chuva de verão
Que se demora
Somos palavras de amor
Esquecidas, temidas
Somos dor

Somos o espelho
Do que perdemos
A lágrima contida
A raiva sentida

Sou um coração
Que te nega
Um fio de sonhos
Queimado, desfiado
Pelos teus dedos

Sou a miragem
Que te atormenta
Quando finges dormir
Sou os vestígios
Do que fui
Na tua boca

Sou a mulher
Que não [te] perdoa

Sou a humilhação
Sou a desilusão
Sou o despeito
Sou a tormenta

Serei flor
A renascer
Num solo
De pedra!

#8

Cidalia Oliveira






quarta-feira, 15 de abril de 2020

Estilhaços



A noite vai longa
mergulhada numa saudade
que me queima
que me abafa
que me estilhaça 

No ter criou-se
a maior mentira
no perder gravou-se
a única verdade

Descartáveis são os dias
esburacadas as emoções 
o amor volátil 
o rancor versátil 

Quer o coração ficar
grita a mente
que jamais irá 
aos teus braços 
voltar

#8

Cidália Oliveira 




Imagem: google

domingo, 29 de março de 2020

Sem rumo

Caminhar sem rumo
Quando a vida me tolhe
As horas são intermináveis
O dia e a noite inseparáveis

A dor me escolheu
O negro me acolheu
Num infinito buraco
Que me encolhe
Que me recolhe

O céu deixou de ser azul
De cinzento o pinto
De desamor me visto
Até onde o ar
Me permitir viver

Desamaro o nó
Que o amor
Me criou


Cidália Oliveira




domingo, 14 de abril de 2019

Escolhas

O tempo consome-me
[lentamente]
Fecho os olhos, respiro
Nada muda
Mas envelheço
Dedos secos
Lábios enrugados
Sono alterado
Hoje [re]lembro-me
Do que me levou até ti
Das decisões e acções
Que me fizeram seguir caminho
Abafando mil dúvidas e incertezas
O passado ficou de lado
Mas não apagado
Eramos tão diferentes e tão iguais
Hoje somos a sombra
Do que fomos

E amanhã?
[Veremos]


Fotografia & texto
Cidália Oliveira 

sábado, 24 de novembro de 2018

Um vazio cheio de tudo

Sonhos em linhas de papel
nas curvas da pele

Eram palavras presas
abafadas em suspiros
medos de ontem
desnudados nos dias de hoje
ser forte um leme
ser fraco inconcebível 
até quando?
o corpo resiste?
até onde?
a força persiste?

Sonhos em linhas de mel
por cada toque 
dos teus dedos 
na minha pele

Amor 
de te ter.

Cidália Oliveira 




sábado, 16 de junho de 2018

Sopro de amor

1 ano depois volto com o coração cheio...

Com um amor inexplicável 
O amor de um filho
JB

Ps: volto em breve 
Para o partilhar

De ponto em ponto
Num leve sopro
De amor





domingo, 25 de junho de 2017

Amor "maior"

O silêncio que se fez
Nas palavras certas
Que não te escrevi 
Colhem o amor {maior}
Que te tenho

Talvez nunca venha a dizer
As vezes suficientes 
Que te amo
Ou talvez não precise 
Simplesmente de o fazer
Porque te vivo 
Em cada amanhecer 
Partilhado ao teu lado

Hoje volto aqui
Para sussurar 
Um pouco de tudo 
Porque o nada 
Já não estremece 
E a vida me deu
O amor  {maior} do mundo
O nosso!

{Ai como te amo!}

Nada é eterno
Nem tem que ser 
Apenas esta vida me chega
Para te ter ao meu lado

{Sabes que não te largo}

E {ternamente} tua serei 

Cidália Oliveira

Texto & Fotografia






domingo, 27 de novembro de 2016

Almas gêmeas


A vida foi acontecendo
Com os porquês de sempre
Que nos fazem soluçar

Ser humano é questionar-se
Ao acordar pela manhã
Da imperfeição do nosso espelho 
Por nos mostrar o que somos
E não o que desejamos ser

Aceitar os nossos defeitos 
É uma longa batalha diária 
Encontrar quem nos aceite
Tal como somos uma sorte

Fiz da minha sorte
A vontade de sonhar
De olhos tão abertos 
Que à noite mal 
Os consigo fechar

A vida acontece lá fora 
A uma velocidade tão furiosa
Que descrever cada sorriso
Cada impulso, me é impossível 

As nossas aventuras 
Estão apenas a começar 
E o amor que um dia
Se confundiu com o fim
É o meu mais belo princípio 

[Para sempre parece pouco
Na descoberta de tal sentir]

Encontrei-te 
Encontras-te-me
Com destino 
Ou sem ele

Cidália Oliveira
(Texto & fotografia)