domingo, 29 de março de 2020

Sem rumo

Caminhar sem rumo
Quando a vida me tolhe
As horas são intermináveis
O dia e a noite inseparáveis

A dor me escolheu
O negro me acolheu
Num infinito buraco
Que me encolhe
Que me recolhe

O céu deixou de ser azul
De cinzento o pinto
De desamor me visto
Até onde o ar
Me permitir viver

Desamaro o nó
Que o amor
Me criou


Cidália Oliveira