As lágrimas caiam pela sua face
com a força da tempestade
que inundava a noite
entre a pele
e os ossos das clavículas
no seu corpo seco
e magro de amargura
existiam uns lagos salgados
que lhe afogavam a alma
os olhos já não brilhavam
estavam negros e vidrados
com o peso de noites e noites
de pesadelos reais
a dor das mil e umas noites
estava em todos os segundos
e sentia-a como milhares
de facadas pelo corpo todo
feridas abertas que jamais
se iriam fechar
apenas na eternidade
da morte perpétua
fechou a boca
ao mais básico alimento
a doença era mais forte
que a vida
e sem a vida apenas
desejava a morte
2 comentários:
Desejar a morte não pode nunca ser a solução, por muita água que nos caia em cima ou nos saia dos olhos...
por vezes nada mais nos resta...
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