Num dia
em que os raios de sol
lhe entravam pela janela
decidiu caminhar pela vida
percorreu a margem
de um lago que sempre
lhe fora comum
mas do qual
se afastara por uns meses
porque trazia a água salgada
nos seus olhos
a cada anoitecer
ao seu ninho de pesadelos
Entre passos
observava as decorações
espalhadas pela margem
mas uma delas
despertou-lhe mais atenção
a água corria numa roda viva
movida pela sua própria força
"Corre água porque do lago vens e para o lago voltarás"
Por muitas voltas que o destino
a faça dar
ao contrário do que pensava
o destino é como a água
e segue sempre
o seu rumo natural
hoje está fora do seu "mar"
mas com a sua própria força
para ele voltará
para ser
verdadeiramente "ela"
"O meu verdadeiro "eu" está em nunca desistir"
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