quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Soltou-se o tempo


Fecharam-se
os olhos
da noite
num escurecer
sem fim

Num segundo
soltara-se
o tempo
e as lágrimas
que decoravam
as cortinas de pele
da alma
voaram
para além do horizonte
sem rasto
sem cheiro
nem luz

Tempo
sem tempo
de momentos
sem gosto
nem rosto

Em que (me)soltei
para (te)encontrar
na teia
do meu tempo
o nosso tempo

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