quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sem sentido



Caminhava
por ruas incertas
a confusão
turvava-lhe a mente
deturpava-lhe os sentidos
afiava-lhe o gosto
de amargo desgosto
de corpo cansado
desgastado
como as letras
de uma música
esquecida
abriu e fechou os olhos
vezes sem conta
mas pouco viu
uma imagem gasta
espelhava bem a sua frente
de corpo nu
alma perdida
sorriso retido

um dia
talvez um dia
a vida sem sentido
voltasse a ter
um gosto sentido

1 comentário:

Mega disse...

O sem sentido caminhar, por vezes sentido dá à vida...
Baci