segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Preto luar


Pretos eram os seus olhos
cor de carvão queimado
em noite de lua vazia

Pretos eram os seus cabelos
que voaram numa dança irregular
enquanto o pó das estrelas
pairou no ar

Pretos eram os seus sonhos
com reflexos de branco real
tatuados num dos seus ombros

Preta era a sua roupa
camuflagem de vingança esquecida
espera arrefecida
na cápsula do tempo

Preto foi o luar
que lhe ficou no rosto
numa noite bela
por acabar

Preto luar
de olhos apagados
pelo ar

1 comentário:

Daniel Aladiah disse...

Querida Ci
A ausência de luz... é difícl que alguma coisa seja verdadeiramente preta, a não ser a nossa imaginação poética.
Beijo
Daniel