terça-feira, 15 de março de 2011

Solidão de prata


Afogaram-se
os cabelos da musa
num mar de olhar perdido
na prata de um amor
sem tempo

Brilharam purpuras
aromatizadas e cristalizadas
em pó de sonhos
nas retinas de uns olhos
cheios de sabores

Calou-se o tempo
no conforto do silêncio
entre cada fragmento
de um beijo

Rasgaram-se as nuvens
envolvendo o caís
numa solidão de prata

Sentir inocente
inocência sentida
no relevo
da boca do tempo
o teu tempo

2 comentários:

csantos disse...

o seu blog tem poemas magníficos
voltarei em breve
um abraço
csantos


http://clsantos.blogspot.com/

Anónimo disse...

Lindo, Ci! Como sempre!

LSP