domingo, 20 de março de 2011

Eternidade incerta

Texto Jc Patrão/ Cidália Oliveira


Hoje acordei cedo
na ânsia de tocar o futuro
Ver flores negras à janela
e sentir apenas almas
de placebo
que respiraram a sua cor…
Cantam a um anjo
caído
que sem desolação
continuará a voar…
E sonhará que
será sempre possível
viajar em segurança para lá
da derradeira floresta
da vida
desde que não perturbemos
a sua chave para a eternidade…

Eternidade incerta
nas linhas de um corpo
irregulares ao tato
das mãos de seda

Caixa de Pandora
do sentir de um poeta
preso no corpo
de uma musa

Ardem os olhos
ardem palavras
no incerto do futuro
em silêncio

Sem comentários: