sábado, 1 de maio de 2010

Olhos de vidro


Passam-se os dias,as horas
Anoitece mais tarde aos olhos,
De qualquer ser iluminado pelo sol
Mas não para mim,
Os meus olhos vidraram-se
De tanto se abrirem e fecharem
Sem nada verem a não ser
Nuvens de sombras
Que testam os meus limites
As minhas palavras
De verdadeiras
Passaram a falsas
Falsas juras de amor
Como se todo o sangue
Que me percorre as artérias
Não me fizesse
Bater o coração por ti
Como se eu não respirasse
De cada jura de amor
Selada de sangue
Do meu sangue
Abriu-se uma ferida
No corpo
Na alma
Desapareço
A medida que esse fluido
Escorre pelos meus olhos de vidro
Cegos de te amar
E me pinta a pele
De vermelho morto
Perdi as forças
Tiraste-me a vida
Eras a sombra do que nunca fui
Hoje és a luz da vela

Que ilumina a sombra que sou

1 comentário:

Gothicum disse...

amiga...A luz e o Sol nasce para todos...a sombra só para alguns...aproveita este tempo de sombra para quando entrares, novamente na Terra do Sol irradies mais luz que ele próprio.


bj