terça-feira, 21 de junho de 2011

Eco de sol


Do eco fez-se sol
do vazio renasceu
a luz da áurea perdida
nos tempos

Percorreu a areia
temida de fria
foi deixando marcas
que a maré levou
aos soluços

Deixou de pensar
apenas sentiu
o pôr-do-sol
com magia de luar

O corpo
separou-se-lhe da alma
navegou, navegou
ainda navega
e reluz na espiral
das ondas
que a despiram
de dúvidas e desgosto

Fechou os olhos
e lá ficou
ainda hoje se vê
no vermelho do céu
trocando carícias
com o rei sol