A noite vai longa
Os suspiros que se soltam
Confundem-se com o vento
Que teima
Em afirmar presença
Sinais de um verão esquecido
Na escuridão
Nada se esconde
Tudo se teme
A solidão treme
entre os {meus}dentes
As palavras alinham-se
Nos {meus} lábios
A boca grita seca
Profundamente ferida
Suspiro{te}
Nada faz sentido
Tempo perdido
Amor ferido
Ego tremido
As promessas fingidas
Que levam tempo
{tempo maldito}
São falsas, injustas
Mas entranham-se no corpo
Sem hora de partirem
Sabes?
É tarde demais.
Cidália Oliveira
Texto & Photografia
2 comentários:
A solidão é aborrecida.
E promessas fingidas ainda mais.
Mas tudo se pode resolver...
Em qualquer caso, enquanto persistirem os sintomas (mas não é doença...) o melhor mesmo é seres boa companhia de ti própria.
E gostei do poema, é magnífico.
Ci, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Sempre com palavras tão bonitas 😊 beijinho
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