Nas teclas de um piano
em que a vibração
lhe tremeu entre os dedos
cresceu a lembrança
que foi abafando
sem saber
No olhar
viveu o desespero
de não escolher
quem quis amar
Numa boca
seca de palavras
em silêncio
esqueceu os dias
mergulhando nas noites
dos seus sentidos
Foi o que sentiu
uma sombra deixada
no rasgar da noite
cheia de vazios
no caminho estreito
que lhe percorreu a alma
e incendiou o corpo
*Segredos de mim
cobertos de ti
um sal que se dilui
nos meus olhos
e me amarga a boca *
Cidália Oliveira
2 comentários:
Querida Cidália
Os teus curtos versos rodopiando à volta do coração.
Beijo
Daniel
Por vezes, trocamos as voltas ao amor e depois arrependemo-nos...
Magnífico poema.
Gostei imenso.
Beijo, querida amiga.
PS: Cidália, já não vinha aqui há imenso tempo... mas mais vale tarde do que nunca...
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