Estranho o beijo
que lhe roubou o tempo
Relembrou os dias
em que a poesia
lhe dançou nos dedos
Sentiu o amor
como as teclas de um piano
em que a melodia
deixou de se ouvir
Menina de escuro cabelo
de claros sonhos
sedenta de vida
procurou as águas do Douro
o corpo na foz ficou
a alma na saudade vive
As recordações
não se apagam
os amores
não se esquecem
Os porquês não se explicam
o vazio não se justifica
mas a tristeza fica
entre cada linha escrita
O sótão de memórias
é infinito
entre versos
o recordar fica descrito
.
Entre linhas
entre pontos
.
1 comentário:
Excelente!
cvb
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