segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A cidade dos sonhos perdidos
Caminhou rua a rua
até que a força lhe falhasse
seca de lágrimas
consumida pelo frio
caminhou sem destino
a procura do incerto
De tantas voltas dadas
perdeu-se em ruas desiguais
de casas burguesas
em olhares estranhos
fez o conforto
do desconforto
Nas primeiras neves
de um inverno esquecido
enterrou sonhos, sorrisos
esmigalhou os pés
até lhe gelarem as entranhas
Seguiu caminho
por um vale desprotegido
em que um rio tímido
gemia ao ser fragmentado
por uma represa
que lhe tirava a liberdade
Nessa cidade
ficaram os seus passos
gravados em cada ruela
os seus cabelos
fragmentados pelo vento
espalhados no incerto
A certeza de não voltar
ficou escrita na despedida
esquecera os sonhos
à medida que foi perdendo
a luta contra o tempo
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2 comentários:
luta contra o tempo...dificil ou impossivel essa luta...
beijo vagabundo
Uma luta ingrata e desigual...
É bom te voltar a ver por cá...
Beijo da Ci
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