O segredo
entranhou-se-lhe na boca
os suspiros na alma
o silêncio despertou-a
Abraçou a noite
amou as sombras
à luz das estrelas
Beijou a chuva
que lhe dissolveu os olhos
em lágrimas comuns
ao mais vivo dos mortais
Lembra-se de escrever a noite
deixar de tentar amar
limpou-lhe o corpo
mas o amor
marcou-lhe o rosto
Numa perfeita imperfeição
que lhe cavou os olhos
e desalinhou o gosto
Dançou-lhe uma melodia
entranhou-se-lhe na boca
os suspiros na alma
o silêncio despertou-a
Abraçou a noite
amou as sombras
à luz das estrelas
Beijou a chuva
que lhe dissolveu os olhos
em lágrimas comuns
ao mais vivo dos mortais
Lembra-se de escrever a noite
deixar de tentar amar
limpou-lhe o corpo
mas o amor
marcou-lhe o rosto
Numa perfeita imperfeição
que lhe cavou os olhos
e desalinhou o gosto
Dançou-lhe uma melodia
nos ouvidos
escondeu-se nos seus dedos
perdeu-se em porquês
que não procurava
inventou um poema
de palavras mudas
Vício de sílabas
regadas a tinta
sopro de palavras despidas
Tempo do silêncio
ser poeta
faltou-lhe o sentir
de outros dias
os sorrisos
de outros momentos
Eternizou as palavras
tentando mudar o tempo
fecharam-se os céus
abriram-se os olhos
Suspirou a boca
de saudade (de mim)
escondeu-se nos seus dedos
perdeu-se em porquês
que não procurava
inventou um poema
de palavras mudas
Vício de sílabas
regadas a tinta
sopro de palavras despidas
Tempo do silêncio
ser poeta
faltou-lhe o sentir
de outros dias
os sorrisos
de outros momentos
Eternizou as palavras
tentando mudar o tempo
fecharam-se os céus
abriram-se os olhos
Suspirou a boca
de saudade (de mim)
Cidália Oliveira
*Vidas que vivem em mim
sonhos ainda que procuro*
*Vidas que vivem em mim
sonhos ainda que procuro*